sábado, 16 de junho de 2012

A entropia da fé


A entropia decorre de uma lei da natureza em que toda forma de organização caminha para a desorganização e morte.
Por este raciocínio, as plantas, as civilizações, tudo que vive, que respira, que cresce, caminha para uma degeneração, para o desaparecimento.
Ao longo da história humana, presenciamos ou comprovamos o desaparecimento de espécies animais, de plantas, de civilizações, que obtiveram seu “auge”, e entraram numa curva declinante.
Outrora, impérios magníficos implodiram e/ou foram subjugados, a exemplo temos, a civilização romana, os maias, os egípcios, tantos outros, inclusive na história recente. Da mesma forma, espécies como os dinossauros, o tigre dentes de sabre, árvores gigantescas, plantas variadas, exóticas aos dias modernos, peixes imensos, já não são mais vistos como outrora.
A entropia negativa é a negação da lei, possibilitada pelo crescente estímulo às energias positivas, de tal sorte, que havendo continuada mudança, recompõe de forma contrária ou diferente, a energia perdida (processo entrópico) permitindo a continuidade da energia original.
Vejamos sob outra ótica. A percepção de deterioração, na maioria das vezes, é sentida pela visível perda de energia. Este é um ponto de senso comum, a visão atual apresenta menos vigor, menos brilho, sinal da entropia.
Temos então, que a maximização das energias positivas, leva à entropia negativa.
Por qual motivo, a docilidade pueril se perde, a sinceridade esmaece, a bondade se resume a no máximo, aos próximos, a fé se perde?
Invariavelmente, o brilho das peças metálicas se esvai, então se tornam embaçadas e opacas.
O cristão que acredita, não precisar participar das missas, pois assiste pela televisão; não confessar seus pecados ao padre, pois em seus pensamentos se arrepende e pede perdão a Deus; não lêr habitualmente a Bíblia Sagrada, pois conhece todos os mandamentos e acredita que Jesus morreu e ressuscitou; não orar com frequência, pois a vida é muito agitada; não rezar o Santo Terço, só uma Ave-Maria e Um Pai Nosso de vez em quando basta; não praticar a caridade, isto é tolice e demonstração de fraqueza; enfim, que não precisa amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo, este verdadeiramente terá sua fé e principalmente, sua salvação, definhar dia a dia.
Mas Deus em sua infinita misericórdia está pronto para reacender a chama do Espírito Santo que em nós habita. Está pronto a fazer brilhar o metal hoje opaco, que insistimos em ser, nos esquecendo que Deus conhece o barro de que fomos feitos.
A prática do amor a Deus sobre a todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, leva a uma reenergização positiva muito forte, têm-se aí então, a entropia negativa; nos tornamos luz para as trevas, luz em que os anjos vêm rezar; quanto mais praticarmos, quão maior amplitude dermos à prática do perdão, vivência na caridade, alimentação da eucaristia, à busca dos frutos do Espírito Santo, verdadeiramente daremos passos largos em direção à perpetuidade, à eternidade que Deus nos convida, que Jesus preparou com Seu sangue, e que o Espírito Santo nos aponta.
Por: Carlos R. Gomes – 17/06/2012.

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