A entropia decorre
de uma lei da natureza em que toda forma de organização caminha
para a desorganização e morte.
Por este raciocínio,
as plantas, as civilizações, tudo que vive, que respira, que
cresce, caminha para uma degeneração, para o desaparecimento.
Ao longo da história
humana, presenciamos ou comprovamos o desaparecimento de espécies
animais, de plantas, de civilizações, que obtiveram seu “auge”,
e entraram numa curva declinante.
Outrora, impérios
magníficos implodiram e/ou foram subjugados, a exemplo temos, a
civilização romana, os maias, os egípcios, tantos outros,
inclusive na história recente. Da mesma forma, espécies como os
dinossauros, o tigre dentes de sabre, árvores gigantescas, plantas
variadas, exóticas aos dias modernos, peixes imensos, já não são
mais vistos como outrora.
A entropia negativa
é a negação da lei, possibilitada pelo crescente estímulo às
energias positivas, de tal sorte, que havendo continuada mudança,
recompõe de forma contrária ou diferente, a energia perdida
(processo entrópico) permitindo a continuidade da energia original.
Vejamos sob outra
ótica. A percepção de deterioração, na maioria das vezes, é
sentida pela visível perda de energia. Este é um ponto de senso
comum, a visão atual apresenta menos vigor, menos brilho, sinal da
entropia.
Temos então, que a
maximização das energias positivas, leva à entropia negativa.
Por qual motivo, a
docilidade pueril se perde, a sinceridade esmaece, a bondade se
resume a no máximo, aos próximos, a fé se perde?
Invariavelmente, o
brilho das peças metálicas se esvai, então se tornam embaçadas e
opacas.
O cristão que
acredita, não precisar participar das missas, pois assiste pela
televisão; não confessar seus pecados ao padre, pois em seus
pensamentos se arrepende e pede perdão a Deus; não lêr
habitualmente a Bíblia Sagrada, pois conhece todos os mandamentos e
acredita que Jesus morreu e ressuscitou; não orar com frequência,
pois a vida é muito agitada; não rezar o Santo Terço, só uma
Ave-Maria e Um Pai Nosso de vez em quando basta; não praticar a
caridade, isto é tolice e demonstração de fraqueza; enfim, que não
precisa amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a
si mesmo, este verdadeiramente terá sua fé e principalmente, sua
salvação, definhar dia a dia.
Mas Deus em sua
infinita misericórdia está pronto para reacender a chama do
Espírito Santo que em nós habita. Está pronto a fazer brilhar o
metal hoje opaco, que insistimos em ser, nos esquecendo que Deus
conhece o barro de que fomos feitos.
A prática do amor a
Deus sobre a todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, leva a
uma reenergização positiva muito forte, têm-se aí então, a
entropia negativa; nos tornamos luz para as trevas, luz em que os
anjos vêm rezar; quanto mais praticarmos, quão maior amplitude
dermos à prática do perdão, vivência na caridade, alimentação
da eucaristia, à busca dos frutos do Espírito Santo,
verdadeiramente daremos passos largos em direção à perpetuidade, à
eternidade que Deus nos convida, que Jesus preparou com Seu sangue, e
que o Espírito Santo nos aponta.
Por: Carlos R. Gomes
– 17/06/2012.