Vamos abordar o assunto que diz respeito aos cristãos católicos: As paróquias e seus problemas passados e presentes.
Primeiramente, vamos de forma resumida, entender o que é Igreja: A Igreja é o Corpo Místico de Cristo, e Cristo é sua cabeça, isto, sob o aspecto espiritual, composto de 3 igrejas, a saber: A celeste (triunfante), a padecente (purgativa) e a terrestre (peregrina). E ainda, a Igreja é uma comunidade de fé socialmente organizada e fundada por Deus através de Jesus Cristo. A Igreja, assim focalizada, mostra-se com duas dimensões distintas: é uma comunidade espiritual, mística e uma sociedade organizada.
1) A Igreja terrestre está organizada em Dioceses, que por sua vêz, está organizada em paróquias. As paróquias são, privilegiadamente, o local onde acontece na prática a vida da Igreja; num mútuo relacionamento entre clero e leigos. As paróquias somente foram identificadas depois da grande perseguição, isto por volta do século IV.
2) As paróquias, individualmente, formam a porção dos fiéis. Um território delimitado que responde normalmente a um pároco, ou como atualmente têm se apresentado, os administradores paroquiais. Não sem motivo, existe atualmente em muitas dioceses, mais administradores paroquiais do que párocos, e mais ainda, que os vigários.
3) A situação econômica de boa parte das paróquias no Brasil e em alguns países pobres, é lastimável. Falta recursos, sobra esforço e persistência em evangelizar. A situação financeira destas paróquias, a que me refiro, poderia ser amenizada, não apenas com ajuda dos fiéis por meio do dízimo e de taxas de serviços, tão comuns em alguns países, até mais ccomum que o próprio dízimo. Esta situação poderia ser minorada com a ajuda de paróquias próximas, em melhor situação, e não devemos nos esquecer, ajuda de suas dioceses.
4) No Brasil, todas ou ao menos, a maioria das paróquias, manteve sua secretaria em funcionamento, ainda que não por completo em suas jornadas, ou intercalando dias, ou apenas por metade do período. As secretárias paroquiais mantiveram atendimento ao público, até mesmo, sem a devida precaução neste momento de pandemia.
5) Muitos sacerdotes buscaram manter suas paróquias ativas o máximo possível, lembrando-se sempre que, o serviço paroquial, não atende apenas ao corpo-matéria, mas, ao corpo "compositum", ou seja, comporsto de corpo e alma. Assim, aliviaram o sofrimento do corpo, e se possível, refrigério às almas.
6) O mais interessante é que as paróquias continuam mantendo seus serviços sociais, mesmo em tempos de pandemia, com distribuição de cestas básicas, de refeições e de roupas, coisas muito meritórias, mas que, marginalizadas da nossa essência eucarística, reduzem a Igreja a uma mera ONG, destas que o Papa Francisco vive dizendo que a Igreja não deve se tornar. Os leigos querem o Pão da Vida, mas os bispos querem alimentá-los com sopão.
7) Existem situações em que não podemos ficar calados. A súplica dos fieis precisa ser atendida, os pastores precisam dar alimento ao seu rebanho e as autoridades públicas têm a obrigação de garantir a nós, cidadãos, o direito de livremente prestarmos o nosso culto a Deus e recorrermos aos meios necessários para a saúde de nossas almas. Não podemos ser coniventes com nenhuma “eugenia doutrinal”, com a “seleção de doutrinas” artificialmente ajuntadas para justificarem um verdadeiro eclesiocídio.
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