quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Os 2 lobos: Alma e Espírito


Os 2 lobos: Alma e Espírito.
Por anos a fio vem acontecendo um embate, ora no plano espiritual, ora no plano terrestre.
Trata-se da mais antiga batalha. Esta batalha teve inicio mesmo antes de nossa existência e se arrasta até os nossos dias.
Fomos envolvidos nesta batalha, por sermos infiéis, por sermos egoístas, por sermos incrédulos. Uma batalha que não é apenas espiritual.
No momento em que Deus nos deu a alma, ficamos suscetíveis à esta batalha.
Os animais não possuem alma, apenas nós, os seres racionais(?), os seres (des)humanos.
Nossa alma nos dá a consciência de quem somos, compreendemos nossa imagem refletida, nela nos reconhecemos.
O Criador, em sua magnitude, resplandecência e benignidade  nos presenteou com algo ainda maior, ainda melhor, o Espírito, do qual somos indignos, mas o recebemos. Minha pergunta é se todos o recebem, ou apenas uma parcela, os predestinados.
Certamente os que recebem, o fazem não por merecimento, mas por graça e misericórdia de Deus.
O Espírito é igualmente dado, ou seja, não há como receber mais, melhor, mais poderoso, etc.
Nossa alma nos dá a consciência do Criador. Sabemos então que há um criador que nos ama, nos amou, nos amará tanto, tanto, que Seu enorme amor, por nós é de difícil compreensão.
Arrisco afirmar que nem todos recebem o Espírito, pois se todos os recebem, alguns simplesmente o ignoram de tal forma, que se extingue ou se esvai neste que não o aceitou, o contra Ele lutou.
Um pensamento indígena afirma que há dois lobos dentro de cada guerreiro, um bom e um perverso. Estes brigam entre si, Vencerá aquele que for (mais) alimentado.
Ouso interpretar o pensamento indígena da seguinte forma:
Os dois lobos seriam para nós a alma e o Espírito.
O conjunto emocional e racional sofrem alterações,mas também alteram a alma, numa constante simbiose. Ao passo, que o Espírito não sofre alterações, não na razão direta, mas o Espírito se fortalecido, altera o estado do conjunto emocional e racional.
Se vivemos agarrados às descobertas humanas, aos prazeres desta vida, cultuamos o poder, o dinheiro, o ter, estaremos alimentando nossa alma, o que a enegrecerá, pois esta precisa de contante dieta, não pode se alimentar demasiadamente, ou se obscurecerá.
A alma exageradamente alimentada expulsa ou "apaga" o Espírito, que é educado e nos ama.
A alma é essencialmente boa, porém, facilmente a corrompemos, contrariamente, o Espírito jamais se corromperá.
A alma pode ser tocada pelo inimigo, o "encardido", o pai da mentira, o príncipe da ilusão, mas, apenas com o nosso consentimento. Caso isto ocorra, a alma se enegrecerá em uma proporção geométrica. Sendo de essência boa, facilmente se corrompe, alterando seu estado.
A alma corrompida, passa a ignorar os sussurros do Espírito, passando então, a ignorar o Criador e tudo que a Ele diz respeito. Nesta condição, passa a aumentar em muito o apetite pelos prazeres carnais, pelo poder, pelo saber, pelo ter.
Existem diversos estágios de contaminação da alma, desde o estágio inicial, passando por diversos estágios intermediários, e seguindo até o pior estágio. Quando o pior estágio de contaminação da alma é atingido, não raro, a pessoa que a detém, vai para os jornais, a televisão, ou revista, não por ter feito o bem.
A boa notícia, é que não importa o estágio em que a alma se encontra, quanto à contaminação, esta pode ser lavada, purificada, clareada. A velocidade de mudança pela contaminação ou descontaminação, pode variar muito.
A mudança sempre é perceptível; do estágio mais puro ao mais enegrecido, e também o contrário, do estado "negro" para o estado de alma pura, com pouca ou quase nenhuma contaminação.
A alimentação pode ser balanceada de forma a fortalecer a alma contra os ataques, ao mesmo ponto em que "fortalece", sim, a bem da verdade, o Espírito não precisa se fortalecer, basta a alma não se fortalecer de mais, basta a alma crescer,mas, respeitando o Espírito. É preciso que o Espírito cresça, e que diminua "eu".
Vejamos, então, como alimentar adequadamente a alma, e paralelamente, como fortalecer o Espírito:
A alma cresce com um bom livro, revistas, jornais, enfim, que lhe acrescente cultura e saber, tudo isto alimentará a alma, mas, caberá ao "eu" filtrar e expurgar os dejetos. A maior dificuldade fica por conta do filtro que o "eu" poderá desenvolver.
Alguns alimentos fazem muito cal à alma, se em sua
Um bom balanceamento pode e deve ser obtido por meio da alimentação ao Espírito, que, se bem nutrido, ocupa todos os espaços necessários e vitais para que alma tenha seu tamanho e clareza na justa medida, sem exageros.
Os alimentos para o Espírito podem ser ministrados sem nenhum risco, em qualquer quantidade, em qualquer intensidade, com qualquer frequência. Não há contra-indicação.
A falta de um ou mais alimento ao Espírito poderá não interferir em seu desenvolvimento, poderá no máximo, imprimir diferente velocidade. Porém, fica aqui um alerta: Baixa velocidade de alimentação ao Espírito, pode ser extremamente prejudicial à alma.
Alguns dos alimentos ao Espírito, possuem em sua composição, algo que podemos chamar de "turbinante", ou seja, o alimento que o contiver em maior quantidade entregará maiores benefícios, sendo que os alimentos que o contiverem em menor quantidade, precisarão, de acordo com o conjunto dos alimentos ingeridos, necessitarem de complementação ou ingestão em doses maiores para compensar.
Não existe uma dieta genérica, que sirva universalmente, os ajustes deverão fazer parte de uma necessidade determinada, em parte, pelo "eu".
Os alimentos para o Espírito, que ao mesmo tempo, balanceiam a alma, são ( a ordem não exprime grandeza, prioridade ou qualquer outra vantagem):
1- Água benta;
2- Caridade;
3- Evangelização;
4- Hóstia consagrada;
5- Leitura da Bíblia;
6- Missa (culto) aos domingos; e
7- Oração

Por ora, não iremos nos ater sobre o conteúdo "turbinante" existente em cada tipo de alimento, o faremos oportunamente. Da mesma forma, oportunamente abordaremos melhor o "eu", seus efeitos positivos e negativos na construção da morada eterna.